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Apesar de trabalhar com outra linha de investigação, a delegada Luisa Santos Sousa, responsável pelo inquérito que apura a morte do menino Lazaro Augusto Fernandes Peres, 8 anos, atingido por um tiro no olho na terça-feira, diz que não afasta a possibilidade de que ele tenha sido ferido na casa de um amigo de 9 anos. Os familiares da criança acreditam que foi isso que aconteceu.
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De acordo com a responsável pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), a principal tese, no entanto, passados três dias de diligências, continua sendo a de que Lazaro já chegou ferido na casa do amigo. O que intriga a família são os sinais de que o menino foi arrastado.
- Nada é descartado. Há uma grande possibilidade de que ele tenha sido arrastado em razão da forma que ele estava, mas a principal linha é de que ele já chegou ferido. Não tem como afirmar outra coisa neste momento - explicou Luisa.
Muitas das respostas sobre o caso devem vir com o resultado dos exames solicitados pela Polícia Civil sobre a presença de pólvora na arma apreendida na casa do amigo do menino e nas mãos das crianças.
- Não havia indícios de que o revólver teria sido utilizado, mas a gente manda para a perícia para descartar, porque a arma pode ter sido limpa. São muitas hipóteses neste caso. Dependemos muito da perícia - afirmou ainda a delegada.
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O pai do amigo de Lazaro, de 31 anos, foi preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo, mas foi solto no dia seguinte e deve responder ao processo em liberdade. O revólver calibre 32 estava escondido em uma meia no interior de uma gaveta de um criado-mudo, no quarto onde ele dormia. Ele admitiu que o revólver, sem registro, era dele.
Lazaro foi encontrado já sem vida dentro da casa do amigo de 9 anos, no Bairro Caturrita, por volta das 12h30min de terça-feira. A família não sabe o que aconteceu, mas, conforme relatos de uma tia do menino, ele teria saído da escola, por volta do meio-dia, para ir até lá.